quinta-feira, maio 15, 2003

O meu primeiro amor um dia disse para mim que não queria esperar 15 dias, que me veria na volta. 15 dias seria muito tempo. Eu não o deixei saber que eu esperaria uma vida inteira, e foi só porque ele estava, naquele exato momento, explicando que mais ninguém na vida sabia esperar. Só eu. A vida passa rápido demais, afinal... não é mesmo? Quem espera sempre cansa?

Não foi assim nem depois de pressuposto aprendido. Eu esperei ainda por mais um ano. Esperei e investi. Mas ele nunca soube. Não posso condenar as pessoas que não esperam, pois elas devem sofrer igual, certo? Mas digo apenas que a espera engrandece... E para mim valeu a pena.

Ao contrário do que poderia permitir, me apaixonei de novo. Ele não esperou muito para me ensinar a esperar novamente...o próximo telefonema...a próxima visita...e foi hábil em me manter esperando...pois não me mandou ir embora até hoje... Foi a única vez que cansei de esperar. Outra vez eu desisiti de esperar sem sequer cansar...Sabe da espera incompleta? Eu não sei porque...Talvez, porque a espera não viesse embutida neste caso, então eu me desinteressei. Não podia tudo o quanto eu tinha sofrido perder o valor ao lançar-me numa vida sem esperas...

Quando me apaixonei de novo, não foi só com o coração: eu me apaixonei com a razão, com a cabeça e com o meu espírito. Eu sabia que a minha vida seria só esperar... Eu sabia que agora o meu talento teria valor.

Pode ser que eu até saiba fazer isso bem. E até que sempre segurei a barra sozinha sem reclamar. Mas não é exatamente agradável. É simplesmente - mas não apenas, que isso não é pouco, não - a maneira do meu amor...

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