Sou vontade de ir embora, vontade de recomeçar, e vontade de nunca mais que eu engulo em goles de coca.
E essa coisa que me parte, me corta, me deixa vermelha as faces,
Que me tira o fôlego, me coça, me lateja nas têmporas,
Isso sai?
Eu só sei que dói, que arde em saudades. Que passa tanta coisa na minha cabeça que acaba transbordando.
E a dúvida machuca, sempre. E o sempre é um conceito que não consigo compreender.
Da vez do único, me sobra: dor.
O tempo foi sempre cruel, a distância foi sempre implacável, e o silêncio a delícia, até ecoar.
Essa razão doida, essa me faz pirar.
Tornar tudo tão difícil, até o que não tem mais como complicar
Todas as coisas que eu não queria ouvir,
Todas as coisas em que tentei não acreditar
Todos os monstros que vinham me pegar
Tudo tudo tudo
Que já fiz passar, que já fiz voltar
E o tanto que já me perdi
Certeza de que não há certeza alguma
E sem querer salvar nada
Já fiz pior, mas posso sim ser mais que isso
Mas pra que lado vou quando ainda dói?
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