domingo, fevereiro 08, 2009

Ao desejo

Nada tão verdadeiro e tão cruel quanto saber-se pequeno, e ao mesmo tempo saber que o exercício de sua fraqueza poderia torná-lo uma pessoa melhor, e ainda assim não conseguir confrontar-se com todas as suas tarefas de superação.

 É igualmente cruel beber da fonte que te regozija sabendo que não chegará nunca a matar a sede, e que ignora de onde venha a água, e que deseja correr com ela, mas nunca chegaria a misturar-se, e amargando saber que algo originado da mesma natureza orgânica e está em ti não pode ser para ti teu meio.

 É torturante pensar que o ser conseguiu aquilo que acreditas longe demais apenas por não ter tido vaidade suficiente para repeli-lo de suas fraquezas.

 Ao homem que pensa, o brinde de suas torturas!

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