Eu tô cansada porque tudo é muito pouco e eu queria mais. Aliás muito mais. Sem vírgula – sem parar nem pra pensar.
Dá-me mais disso, que agora quero é qualquer coisa. Qualquer coisa que me faça esquecer o que quis. Qualquer coisa que me lembre que no mais é que me sentia livre.
Ah, já não é pouco! Manter a razão quando todo mundo enlouquece e ainda te culpam por isso!
Qualquer lugar é aqui. Mas ninguém pode ser você!
Uma das grandes coisas que queria ter feito era um grande sacrifício de amor. É duro acreditar que chegarei ao fim da vida sem poder fazê-lo. Não fugi nem atraí oportunidades. Simplesmente, não aconteceu, como não aconteceram outras coisas boas ou ruins, ao ponto de não saber dizer o que teria sido melhor.
Não fiz, não recebi. Tá, é uma posição conveniente e confortável. Mas é que foi quando beirei a insanidade, que fui mais feliz...
Mas aos poetas e a todos os outros que se alimentam de melancolia, ah, na procura de fonte, de saciedade, uma explosão, uma colisão, há de me buscar por toda parte...